Tuesday, August 29, 2006
Zoo
O banheiro da academia de ginástica é um verdadeiro zoológico. Os minutos que a gente compartilha, entre uma aula e outra, já bastam para mostrar uma galeria de tipos bem variada. Mas a maioria esmagadora é composta por um único tipo bem definido. Aposto que todos conhecem um exemplar: mulher entre 20 - 30 anos, loira, magérrima, com suspeita de ter colocado um siliconezinho, que reclama de funcionários (de seu trabalho ou casa), chega na academia já falando ao celular e deixando para trás um rastro de perfume (muuuuuuiiiittttooooooo perfume). E elas são espaçosas. Espalham pelo banheiro tudo o que carregam em uma mochila, andam de um lado para o outro, numa coreografia que eu penso significar "ei, olhem para mim e digam que sou maravilhosa". Ah, e elas fazem ginástica maquiadas. Sim, rímel (muito), delineador (muito), blush e gloss. O segredo parece ser o fato de não suar. Deve ter algum truque para isso que foge a minha compreensão, porque eu acabo uma aula ou caminhada na esteira um verdadeiro trapo suado e com os pulmões saindo pela boca. Ah, e elas usam brincos grandes também. E eu lá, no meio delas, me perguntando porque pareço ser o único exemplar humano com pneuzinhos e cabelo desgrenhado.
Monday, August 28, 2006
Crash - No limite
crash
Oscar de melhor filme merecidíssimo. Fiquei atordoada com o filme, que parece uma queda de dominós: quando uma peça cai, leva todas as outras. Nenhum personagem fica isolado, todos se interrelacionam através do medo, da violência e do preconceito. Quem teme o outro é também temido. A polarização "bom" ou "mau" não cabe nesta história. Os personagens são humanos e isso os faz viver, sentir, agir todos da mesma forma. O policial vivido por Ryan Phillippe é um exemplo de como os conceitos pré-estabelecidos superam qualquer tentativa de ser justo. O que ele condenou em seu colega policial - a intolerância racial - o faz matar sem razão. Enfim, um soco no estômago. Você não consegue respirar vendo a teia humana que se forma interagir de uma maneira absurda mas terrivelmente familiar. Crash - No Limite está na programação do mês de setembro do Telecine. Imperdível.
Wednesday, August 23, 2006
Barrados no baile
Eu e A. tentamos ir ao aníver de nossa amiga A. em um bar do Moinhos de Vento. Noite fria, ventinho... chegamos às 21h30min e fomos informados pelo "Leão de Chácara" do local que só abririam as portas às 22h15min. Well, o que fazer? Fomos a outro local ali perto "fazer hora". OK, 22h15min voltamos ao bar do aníver. Sabe o que encontramos? Uma fila. Imensa. Pensamos que por estarmos na lista de convidados podíamos entrar direto. Mas o Leão de Chácara estava lá e nos fez entender, através de um rugido, que nós éramos iguais aos outros mortais. Fila. O bar não cobra entrada se você chegar lá até as 22h30min. E aí? A fila era enorme, nem todos conseguiriam fazer isso em 15 minutos. Qual a conclusão? Fomos embora. E não adianta tentarem me convencer de que "todos os lugares fazem isso". Se nós tivessemos entrado às 21h30min estaríamos a uma hora dentro do bar GASTANDO DINHEIRO. Mas acho que esse não é o intento do lugar. Eles querem que a casa parece cheia, lotada, desejo universal de estar lá, imperdível!!! E a fila parece significar isso. Não para mim, que é o mesmo que me mandar embora. Tá, eu não sou padrão. Mas minha vingança foi recolher meus Reais que seriam gastos lá e despejá-los em lugares mais simpáticos, como a Tortaria, por exemplo. No outro dia almoçamos com nossa amiga aniversariante em um lugar mais civilizado, um uruguaio no Shopping Total chamado La Pasiva. Bem interessante. Bom serviço, aconchegante. E não tinha fila.
Domínio Público
A dica é de um amigo muito querido, Frei D.. No link www.dominiopublico.gov.br é possível fazer o download de inúmeras obras literárias. De graça. Nem precisa se cadastrar, nada. Você clica e encontra uma variedade infinita de assuntos que vão desde a Carta de Pero Vaz de Caminha até a Divina Comédia. Tem de tudo um pouco. E não se limita a textos. Há também Imagem, Som e Vídeo. Quer ouvir um MP3? Vai lá. Quer poesia? Também tem. Sociologia, Medicina e Artes? Tem também. Duvido que você não encontre algo que lhe agrade.
Tuesday, August 22, 2006
How not to look fat
Este é o título de um livro da jornalista inglesa Danica Lo que a Vogue sugere para suas leitoras. Vejamos algumas dicas:
- Cachecóis: são ótimos para disfarçar aquela barriguinha mais saliente e até aquele queixo duplo.
- Roupa coringa: ajuda qualquer corpo uma blusa monocromática com decote V e mangas três-quartos.
- Cintos largos para parecer mais "acinturada". Cintos fininhos, só se você for a Audrey Hepburn.
- Bolsas: modelo estruturado com alça média favorece todas as mulheres.
- Jeans: quanto mais os bolsos traseiros forem paralelos e próximos da costura central da calça, mais fina você vai parecer.
E aí, alguma dessas dicas te agradou? Eu adotei o cachecol, por razões óbvias. Mas o que será de mim quando o frio for embora? Fica muito estranho usar cachecol numa tarde de verão?
Thursday, August 17, 2006
Monday, August 14, 2006
Red Hot
red hot
Confesso que não era muito fã do Red Hot Chili Peppers, antes do CD Californication. Lembro de um filme com o Keanu Reeves, onde ele faz o papel de um policial disfarçado de surfista. O Anthony Kiedis fazia uma ponta no filme como surfista malvado. Horrível... Mas então eles lançaram o CD Californ... e eu parei para ouvir. Ouvi How Long e gostei. Aí eu vi o clipe desta música. E achei maravilhoso. Feito em preto e branco, com cara de filme expressionista alemão... lindo. Acho que a temporada que o Anthony passou ao lado do Dalai Lama, na sua tentativa de "ficar limpo", fez a música deles mais leve. Agora tem CD novo por aí, o Stadium Arcadium. A primeira música que ouvi foi Tell me baby. Guess what? Adorei.
Tuesday, August 08, 2006
Cozinha
cozinha
Ainda falando sobre morar onde e como, minha cozinha dos sonhos é um pouco parecida com esta aí de cima. Parece cozinha de vó, onde a gente come doce de abóbora e bala puxa-puxa. Cozinha moderna com cara de laboratório de hospital, nãnãnã. É preciso que a gente se sinta abraçado pela cozinha, que nos convide a entrar e sentar. Ficar de blá, blá, blá um tempão, sem perceber o tempo passar. É preciso ter guloseimas espalhadas, como bolachinhas em vidros. E do forno é preciso sair um cheiro de pão sendo assado. E o piso precisa ter marcas de outros pés e outros sapatos, não parecer uma obra a ser inaugurada. Como é bom sonhar...
Rede
ai, ai, que soninho
Eu sou totalmente urbana, não consigo me imaginar morando em uma cidade pequena. Eu preciso das teleentregas de pizza, remédio etc., etc., etc.. O jeito é tentar transformar concreto em paisagem, quer dizer, mesmo morando em apartamento a gente precisa de um cantinho com cara de floresta. Quem resistiria ao balanço de uma rede, em meio a folhas e flores?